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Era das fake news: declínio ou ascenção?

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Recentemente, a Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, anunciou que descontinuará o programa de checagem de fatos de terceiros nos Estados Unidos. A decisão representa uma mudança significativa na política de combate à desinformação nas plataformas da empresa e levanta questões cruciais sobre o papel das redes sociais na regulação de conteúdos e os potenciais impactos na comunicação, tanto ao nível individual quanto institucional.

O que muda com o fim da checagem de fatos?

Desde 2016, o programa de checagem de fatos da Meta funcionava em parceria com organizações independentes para identificar e limitar a disseminação de conteúdos falsos ou enganosos. Postagens marcadas como desinformativas tinham seu alcance reduzido e, em alguns casos, traziam avisos ao usuário sobre sua veracidade.

Com o encerramento do programa nos Estados Unidos, essas ações serão descontinuadas, o que significa que não haverá mais uma instância formal de revisão e moderação de conteúdo baseado em checagens externas. A Meta justifica a decisão como parte de um processo de reavaliação de suas prioridades, embora não tenha detalhado quais novas estratégias serão implementadas.

Impactos na comunicação

A retirada de um sistema estruturado de checagem de fatos em uma das maiores plataformas sociais do mundo gera preocupações em diversos setores:

1. Crescimento da desinformação

Sem um mecanismo ativo para conter informações falsas, é provável que conteúdos enganosos ganhem maior tráfego e alcance. Isso pode dificultar ainda mais o trabalho de jornalistas, organizações de fato e consumidores na identificação de fontes confiáveis.

2. Perda de credibilidade das plataformas

A falta de medidas claras para combater a desinformação pode gerar uma percepção negativa em relação à Meta. Usuários e anunciantes podem buscar outras plataformas consideradas mais comprometidas com a qualidade da informação.

3. Novos desafios para marcas e empresas

Empresas que utilizam redes sociais para comunicação e marketing enfrentarão um cenário mais volátil. A disseminação de fake news pode impactar negativamente reputações corporativas e forçar marcas a redobrarem seus cuidados com a curadoria e a verificação de informações.

4. Maior responsabilidade para o usuário

Com a ausência de filtros automatizados de credibilidade, caberá aos próprios usuários avaliarem a veracidade das informações. Esse cenário destaca a necessidade de educação midiática e alfabetização digital.

O papel das instituições na era pós-checagem

Em um contexto de maior exposição à desinformação, instituições de jornalismo, educação e sociedade civil precisam assumir papéis ainda mais ativos:

  • Iniciativas independentes de fact-checking: a criação e o fortalecimento de plataformas externas de checagem de fatos podem ajudar a preencher o vácuo deixado pela Meta.
  • Campanhas de conscientização: é essencial promover programas que ensinem as pessoas a identificar informações enganosas e checar fontes.
  • Parcerias público-privadas: governos e organizações privadas podem colaborar para criar regulamentações e ferramentas que combatam a desinformação de forma eficiente.

Conclusão

A decisão da Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos nos EUA representa um marco na história da comunicação digital. Enquanto isso pode abrir espaço para o crescimento da desinformação, também ressalta a urgência de que outros atores, incluindo empresas, indivíduos e organizações, intensifiquem seus esforços na luta por uma comunicação transparente e confiável.

 

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