Se toda marca vende a mesma coisa, por que só algumas viram referência?
Todo desodorante promete segurar o suor. Toda cerveja “desce redondo”. Todo banco “é feito pra você”.
Mas, se o produto é praticamente o mesmo, por que somente algumas marcas se tornam memoráveis — aquelas que você lembra sem nem perceber?
A resposta está no branding.
O poder de transformar o comum em memorável
Mais do que vender um produto, marcas fortes conseguem nomear seu diferencial de forma simples, estratégica e repetitiva até que isso se torne parte da cultura. É o que chamamos de “palavras sagradas”: slogans e frases que grudam na memória.
Exemplos não faltam:
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“Tomou Doril, a dor sumiu.”
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“Red Bull te dá aaasas.”
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“Porque você vale muito.”
Essas marcas não inventaram a roda. Elas apenas encontraram uma forma única de comunicar o que as torna diferentes — e repetiram isso até virar verdade na cabeça (e no coração) do consumidor.
O que faz diferença na escolha do consumidor hoje
O comportamento do consumidor mudou. Ele não se guia apenas por preço ou qualidade (até porque esses fatores tendem a se igualar dentro de um mercado competitivo). O que realmente influencia a decisão hoje inclui:
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Propósito claro: marcas que demonstram ter um “porquê” além do lucro — como sustentabilidade, inclusão ou impacto social — criam vínculos mais fortes.
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Autenticidade: o público está cada vez mais atento a discursos vazios. Se a marca fala uma coisa e faz outra, a confiança se perde.
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Experiência: da embalagem ao pós-venda, tudo conta. O consumidor escolhe quem entrega conveniência, praticidade e emoção ao mesmo tempo.
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Narrativa: histórias conectam. Marcas que conseguem contar bem sua história conquistam espaço não só no mercado, mas na memória coletiva.
De produto à marca de referência
Virar referência não significa ser a única opção, mas ser a primeira lembrança. Para isso, é preciso unir estratégia e consistência:
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Identificar seu mecanismo único — o que te diferencia de fato.
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Nomear esse diferencial de forma simples, criativa e memorável.
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Repetir a mensagem com consistência, até que ela faça parte do vocabulário do público.
No fim, não é sobre vender mais barato, mais rápido ou mais bonito. É sobre significar mais.
Porque qualquer marca pode estar na prateleira, mas só algumas conseguem ocupar espaço permanente na mente — e no coração — das pessoas.